segunda-feira, 25 de maio de 2009

Os Ídolos do Coração

Por Pr. Sérgio Pereira

Ao ministrar a escola dominical no ultimo domingo fui surpreendido pelo comentário da revista quase no final de lição fazendo alusão aos ídolos do coração. Confesso que foi a parte que mais me empolgou no assunto da refeida lição.
Observe as palavras de Ezequiel 14.3: “Filho do homem, estes homens levantaram os seus ídolos dentro do seu coração, tropeço para a iniqüidade que sempre têm eles diante de si; acaso, permitirei que eles me interroguem?”.
A palavra hebraica para ídolos usada por Ezequiel é gillûl, que significa “tora sem forma, bloco vazio”, referindo-se assim para mostrar a inutilidade, futilidade e incapacidade dos ídolos adorados pelo povo. Por sua vez a palavra hebraica para coração utilizada por Ezequiel é leb que quer dizer: “ser interior, mente, vontade, coração e inteligência”.
Diferentemente do uso mais comum do termo, o profeta Ezequiel o aplica à adoração que ocorre dentro do coração humano. A referência não é a imagens, estátuas ou coisas semelhantes, mas a tudo que o coração do homem venha a adorar dentro de si. O contexto indica que “ídolo do coração” é tudo aquilo que ocupa o lugar de Deus na vida de alguém: “porque qualquer homem da casa de Israel ou dos estrangeiros que moram em Israel que se alienar de mim, e levantar os seus ídolos dentro do seu coração, e tiver tal tropeço para a iniqüidade, e vier ao profeta, para me consultar por meio dele, a esse, eu, o SENHOR, responderei por mim mesmo” (Ez 14.7). O texto deixa claro que aquele que se aproxima de ídolos está se afastando de Deus. Isso acontece pelo fato de que o coração humano não comporta a dedicação dupla. A Bíblia destaca o fato de que é impossível servir a dois senhores (Mt 6.24). Desse modo, ao se aproximar de um ídolo o homem está se distanciando de Deus. O resultado natural disso é que esta escolha se torna motivo de constante tropeço para o idólatra, que tem o seu comportamento moldado por aquele a quem serve. Como a própria expressão deixa claro, a idolatria ocorre no coração. Levando em conta o uso do termo “coração” nas Escrituras, podemos concluir que a idolatria afeta o entendimento e crenças (cognitivo), as emoções e desejos (afetivo) e vontades (volitivo).
João Calvino dizia que “o coração é uma fábrica de ídolos”. Embora nossa idéia de idolatria esteja associada à adoração de imagens e a criação de imagens, as Escrituras descrevem a idolatria como um problema do coração do homem.
A idolatria é a substituição de DEUS por outro ser ou coisa que assume maior importância em nossa vida. Ao falar de coração a Bíblia fala das três principais operações do homem interior: mente, afeições e vontade. Em vez de pensar nestes três aspectos (mente, afeições e vontade) como sendo separados e isolados um do outro, pense neles como operando continuamente em conjunto, um com o outro.
No Antigo Testamento a idolatria refere-se ao desvio do homem de Deus. Por sua vez, o Novo Testamento traz na palavra “desejos” (gr. epithumiai) a característica e o resumo para o mesmo desvio.
Vivenciamos uma época de conflito de princípios e inversão de valores sem precedentes. Condenamos os idolatras que se curvam diante de Maria e outros santos do Catolicismo Romano, mas erroneamente alimentamos desejos e prazeres internos que ocupam o lugar que é de Deus em nossas vidas e corações.
Temos precisado de algo mais além de Deus para que a vida tenha mais significado ou sejamos mais felizes e se isso estiver acontecendo em nossas vidas, então tal coisa funciona como meu ídolo!
Adoramos e veneramos as bênçãos, por elas cometemos os mais absurdos erros e desvios doutrinários, esquivando-nos de participar dos ensinamentos bíblicos pois os fins estão justificando os meios. Pergunto: como podemos saber se adoramos mais as bênçãos do que ao Deus verdadeiro? Duas respostas:
(1) Se eu estiver disposto a pecar para conseguir o que mais quero. A ética atual é a ética do momento, da conveniência. Estamos mais preocupados com resultados do que com a verdade; buscamos mais a conveniência pessoal do que fazer o que é certo diante de Deus. Preferimos o que dá certo ao invés do que é certo.
(2) Se quando eu não conseguir o que quero a minha reação for pecaminosa, é sinal de que o coração está cheio de ídolos.
O que quero, em si, não é necessariamente pecado! Mas a intensidade com que busco me leva a pecar. (Mt 22.37; 6.33). A questão mais profunda aqui não é o que motiva a buscar as bênçãos mas, quem é o senhor dos padrões de pensamento, sentimentos ou comportamento. Quem além de Deus ocupa minhas convicções e meus desejos? O que se observa em pessoas com ídolos no coração é que as tais nunca estão satisfeitas, sempre precisam de algo mais para se sentir realizado.
Muitas coisas têm ocupado nossas mentes sufocando a presença de Deus: o desejo incontrolado por fama, poder e dinheiro; a crescente manipulação de interesses; a busca ansiosa por reconhecimento; a família; os bens materiais; as posições eclesiásticas (disputadíssimas por sinal nos últimos dias); e tantos outros ídolos que tem deixado o nosso Deus em segundo plano.
Temos servido a Jesus sem compromisso, somos discípulos de improviso, vivenciamos um evangelho superficial. Alguns cristãos têm apenas um verniz, uma casca de piedade, mas nenhuma essência de santidade (Cl 2.20-23).
Deus nos chama a responsabilidade para consagrar a Ele todo o nosso coração: “E agora, ó Israel, que é que o Senhor, o seu Deus, lhe pede, senão que tema o Senhor, o seu Deus, que ande em todos os Seus caminhos, que O ame e que sirva ao Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração e de toda a sua alma, e que obedeça aos mandamentos e aos decretos do Senhor, que hoje lhe dou para o seu próprio bem” (Dt 10.12,13).
Urge entendermos novamente as palavras de Jesus a Marta: “mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada” (Lc 10.42).
Precisamos discernir entre o que é santo e o que é profano (Lv 10.10; Ez 44.23), precisamos deixar de lado a duplicidade religiosa, a falsidade, as máscaras que nos escondem por certo tempo, mas não são afiveladas com segurança tamanha que Deus não possa tirar e desmascarar. Precisamos ser boca de Deus e só o seremos se separamos o precioso do vil (Jr 15-19-21).
“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém!” (I Jo 15.21)

Fontes:
http://www.conselheirobiblico.com/index.php?option=com_content&view=article&id=91:idolos-do-coracao&catid=16:estudos&Itemid=103. Acesso em 25/05/09.
http://www.ibcu.org.br/apostilas/terapia_biblica/aula6.pdf.
Acesso em 20/05/09.
Champlin, R.N. & Bentes, J.M. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Candeia: 1991.
POWLISON, David. Ídolos do coração e feira das vaidades. Brasília: Refúgio, 1ª edição, 1995.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O GRANDE DIA DO SENHOR

Há dias atrás ministrei em minha igreja uma mensagem com este tema tão palpitante. A maneira como Deus manifestou-se ainda está marcado em minha memória. Razão pela qual optei em compartilhar os rabiscos desta mensagem com os internautas, com o esboço que se segue:
O GRANDE DIA DO SENHOR

Texto Base: Sofonias 1.4-18

Introdução: o nome Sofonias no hebraico Sefanya, significa “Jeová esconde”., é um dos chamados profetas menores, era tataraneto do rei Ezequias. Pregou em Judá no reinado de Josias provavelmente entre os anos 640-621 a.C., foi contemporâneo de Naum e de Jeremias. Distingue-se pelo rigor moral, rude clareza e franqueza absoluta, simplicidade e energia, baseadas na certeza na ação de Deus na história humana.

Transição: o “Dia do Senhor” referido em Sofonias é o dia em que um inimigo estrangeiro, a espada do castigo do Senhor, infligiria grande destruição sobre Jerusalém. Esse inimigo foi diversas vezes identificado como os citas, os assírios ou os babilônios. Parece que o cumprimento dessa profecia aconteceu quando Nabucodonosor, rei de Babilônia, capturou Judá no ano 605 a.C. O cumprimento definitivo ocorrerá durante a Grande Tribulação. Dentro desse contexto o “Dia do Senhor” tem a ver com o justo juízo de Deus que cairá sobre o mundo incrédulo e castigará a rebelião contra Ele.

1- OS PECADOS CONDENADOS POR DEUS – vs. 4-9
A- As práticas sensuais em adoração a Baal (vs. 4). Os quemarins: hebraico chemarim: ministrantes dos ídolos, estão em vista os “sacerdotes vestidos de negro” que serviam a diferentes deuses.
B- Os que adoram o exército do céu sobre os eirados (vs. 5). A adoração dos eirados era praticada mediante o oferecimento de incenso e libações – Jr 19.13; 32.29
C- Os sincretistas que juram por Deus e por Malcã (deus dos amonitas) (vs. 5). Esse deus é interpretado como uma referência a Moloque
D- Os apóstatas (vs. 6) – “deixam de andar em seguimento do Senhor”
E- Os indiferentes (vs. 6) – “os que não buscam ao Senhor, nem perguntam por Ele”
F- Os versículos 8 e 9 condenam quatro pecados cardeais:
a. Conformidade com este mundo, simbolizada pelo uso de roupas de fabrico estrangeiro;
b. Saltar sobre o umbral:
1. Imitavam a adoração dos filisteus – I Sm 5.5
2. Ladrões que entram para saquear
c. Violência espalhafatosa
d. Fraude e engano

2- COMO O DIA DO SENHOR AFETARÁ JERUSALÉM – vs. 10-13
A- O Senhor fará ouvir um grito
B- Os juízos de Deus são súbitos e assustadores que os ouvidos dos homens formigam quando ouvem a seu respeito:
a. Observe I Sm 3.11-13; II Rs 21.12; Jr 19.3
b. Tinir os ouvidos significa “vibrar os ouvidos fazendo-os ficar vermelhos de vergonha”

3- CARACTERÍSTICAS DO GRANDE DIA DO SENHOR – vs. 14-18
A- É chamado de grande, pois será um julgamento terrível e todo-consumidor, que varrerá todos a sua frente, sem respeitar nenhuma classe.
B- O dia do Senhor produzirá melancolia e trevas – Is 13.9-10
C- O dia do Senhor trará a destruição causada por Jeová – Jl 1.15
D- Nenhuma riqueza de prata ou ouro poderá livrar uma única pessoa do dia do Senhor – Ez 7.19
E- O dia do Senhor será tenebroso – Am 5.18,20; 8.9
F- Na visão de Sofonias será um dia: amargo, de indignação, de angústia e de ânsia, de alvoroço e desolação, de trevas e escuridão, de nuvens e densas trevas.
G- Na ótica do Novo Testamento:
a. O dia do juízo virá quando a sociedade ficar obcecada com a prosperidade e segurança – I Ts 5.3a
b. O dia do juízo será como as dores de parto de mulher prestes a dar à luz – I Ts 5.3b
c. Começará primeiro pela Casa de Deus – I Pe 4.17-18

4- O DIA DO SENHOR NA VISÃO DO APOCALIPSE: As Fases da Grande Tribulação
A- Abertura dos sete selos – Ap 6.1-17; 8.1-5
a. Primeiro selo: cavalo branco – anticristo, paz;
b. Segundo selo: cavalo vermelho – guerra;
c. Terceiro selo: cavalo preto – fome;
d. Quarto selo: cavalo amarelo – morte;
e. Quinto selo: os santos martirizados são justificados;
f. Sexto selo: terremoto, abalos cósmico, cataclismo no céu e na terra, de tal forma que os homens pediram aos montes que os ocultassem da ira do Cordeiro;
g. Sétimo selo: as sete trombetas.
B- O soar das sete trombetas – Ap 8.6-13; 9.1-21; 11.15-19
a. Primeira trombeta: 1/3 da vegetação é destruída, a terça parte da terra consumida por saraiva e fogo misturados com sangue;
b. Segunda trombeta: lançado ao mar algo semelhante a um grande monte ardendo em fogo, o resultado foi 1/3 da vida oceânica é destruída;
c. Terceira trombeta: caiu do céu uma grande estrela, ardendo como uma tocha e 1/3 da água doce é envenenada;
d. Quarta trombeta: 1/3 dos astros luminares se escurecem;
e. Quinta trombeta: abismo aberto, o homem sofre; primeiro ai: gafanhotos do abismo;
f. Sexta trombeta: quatro anjos são soltos; segundo ai: a terça parte dos homens são mortos;
g. Sétima trombeta: a abertura das taças.
C- O derramamento das sete taças da ira de Deus – Ap 16.1-21
a. Primeira taça: chagas, tumores e pestes generalizadas;
b. Segunda taça: total envenenamento da água salgada;
c. Terceira taça: total envenenamento da água doce;
d. Quarta taça: calor abrasador do sol, irradiação solar se agrava profundamente, provocando a morte dos homens;
e. Quinta taça: trevas e dores sobre a capital do anticristo;
f. Sexta taça: o Eufrates seca e, aparecem três espíritos imundos semelhantes a rãs, capazes de fazer prodígios, a fim de congregar os reis de todo o mundo para a batalha final do Armagedom - Ap 16.16
g. Sétima taça: terremoto e chuva de granizo, Babilônia é destruída.

5- OS ABRIGADOS DA IRA DO DIA DO SENHOR – 2.3
A- Os que buscam ao Senhor no dia da sua graça – Is 55.6; II Co 6.1,2; Tg 4.8
B- Os que fazem a sua vontade – Jo 14.21
C- Os justificados pela graça de Cristo – Rm 5.1-2; 8.30-39
D- Os que compartilham da mansidão de Cristo – Mt 5.5; 11.29

6- O APARECIMENTO DE CRISTO EM GLÓRIA – Ap 19.11-16
A- Seu nome: fiel e verdadeiro
B- Os olhos flamejantes de fogo não deixarão escapar nada, porque Ele vem para julgar e guerrear – II Ts 1.7,10
C- Os muitos diademas na sua cabeça mostram que Ele vem como Rei dos reis
D- O nome que ninguém conhece, a não ser Ele mesmo, fala de sua glória intima e da natureza que Jesus reparte com o Pai – Lc 10.20; Jo 17.5
E- O manto tinto de sangue prova o seu sacrifício no Calvário
F- Os remidos estarão montados em cavalos brancos que o acompanharão

Conclusão: para aqueles que desejam escapar da ira do grande dia do Senhor ainda há tempo para arrependimento – Sf 2.1-2
Por Pastor Sérgio Pereira

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Procurar Deus: é Moda?

Deus é a causa e o efeito de tudo, a fonte de todas as faculdades e sentimentos do homem. Razão pela qual, o ser humano vive em sua procura, e para tal acaba atropelando meios e subterfúgios inimagináveis na ânsia de encontrar o que é essencial, a Divindade.
Tal procura parece evidenciar o chamado “problema de Deus”, que sempre se apresenta na consciência do homem. O citado “problema de Deus” parece surgir cotidianamente pelo fato das necessidades experienciais do ser humano.
Ao que parece, mesmo que interiormente o homem sente a necessidade da procura de Deus, ao mesmo tempo, não dá importância alguma para conhecê-lo e nem busca saber se tal conhecimento é possível ou não. Razão pela qual surge avassalando as crenças, o “evangelho do ateísmo”, carregando em seu bojo, homens da sociedade e, pasmem teólogos da maior credibilidade.
A partir daí surgem então ideologias das mais diversas negando a existência de Deus, que acabam denotando ou despertando o interesse de muita gente para a procura de Deus, na sua essência, caráter e personalidade.
Esse retorno à procura de Deus leva o ser humano a falar d’Ele com freqüência em todos os lugares: rádio, TV, internet, livros, jornais, revistas, nas rodas de amigos, etc. Porém, parece que essa retomada na busca por Deus, apresenta-se na roupagem de uma “moda”, tornando-se tão frágil e precária como todas as modas que surgem e desaparecem como o vento.
A moda é uma característica totalmente humana, que se expressa em todas as áreas: costura, esportes, arte, literatura, tecnologia, e até na teologia, evolvendo a religião e afetando o relacionamento homem-Deus. Mas a moda não determina sobre a vida do homem, e sim este, determina sobre ela, logo Deus não pode ser visto como uma moda. A moda é transitória, Deus é permanente; a moda é mutável, Deus é imutável; a moda é criada, Deus é incriado; a moda é humana, Deus é divino; a moda glorifica aquele que a idealizou, Deus com suas obras se auto glorifica, pois nunca a glória pode ser do homem.
Nossa existência, a maneira de entendermos a vida, nossa humanização, os valores com os quais trabalhamos e nos realizamos, se estiverem longe ou distanciados de Deus, entram em cheque-mate. Deus torna-se, ou é essencial em nossa vida e existência. Deus traça os limites dos nossos atos e sentimentos e do nosso próprio ser. Deus nos tira do nada, nos mantém no ser, como prova de seu vivo amor. Para Deus desliza todas as nossas emoções e pensamentos. Deus não pode ser tido como moda!
Os grandes pensadores Marx, Nietzsche, Freud, Sartre expuseram sobre a grandeza, a inteligência e a glória humana. Revelaram conquistas cientificas e tecnológicas inigualáveis enfatizando e honrando os atos humanos, sem, todavia reconhecerem que o homem faz e acontece porque tudo provem do Criador.
Enquanto o ser humano continua dominando e não reconhecendo os seus limites diante do Criador; os seus valores, sua dignidade, tornam-se fútil, vazia, insignificante. Quanto mais longe de Deus o homem permanecer, mais precária será sua existência, mais patéticos serão os seus atos e conhecimentos. Enquanto o homem diminui distante de Deus, Deus continua o que é: essência, realidade, causa e efeito de tudo. Na verdade, o homem precisa voltar-se para Deus e reconhecer que apenas Ele pode salvar a humanidade de sua total prevaricação, garantindo um sólido fundamento ao valor e a dignidade da pessoa humana.
Estudar Deus, descobrir Deus não é um passatempo, mas uma necessidade vital à própria existência do ser humano, porque somente através desse estudo de Deus, desse descobrir a Deus é que o ser humano conseguirá compreender a si mesmo, a saber o significado e a importância de sua própria vida. Somente com e em Deus o homem poderá ter a realização de si mesmo.
Os animais e os robôs são diferentes do ser humano. O homem não se contenta em registrar informações e dados; ele questiona, agita as mentes, propõe problemas, formula perguntas. Enquanto os animais e os robôs contentam-se em registrar informações e dados, o homem interroga sobre o significado, estrutura, origem, e procura explicações. No homem existe a sede do saber, do conhecer; é uma sede que abarca todas as esferas da vida: a vida e a morte, a natureza e a história, o ser e o vir a ser, a cultura e a religião, etc. Entre todas as questões, existem aquelas relativas a Deus: Deus existe? Quem é Deus? O que Deus faz? Se Deus é bom, porque coisas ruins acontecem? Tais questionamentos são de suma importância, porque na resposta deles está o sentido da existência humana, a realização do projeto de humanidade, e o efetivar do valor absoluto do ser humano. Na verdade, tais questionamentos nos levarão a uma dimensão de compreensibilidade a respeito do Ser de Deus e do ser do homem, tornando possível, como dissemos acima, a realização pessoal do ser humano.

No amor eterno d’Ele,

Pr. Sérgio Pereira