sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ser Santo na Sociedade Pós Moderna

Por Pastor Sérgio Pereira

A Igreja de Cristo fora estabelecida por Ele para ser sal da terra e luz do mundo e assim resplandecer diante dos homens objetivando levá-los à luz de Cristo e a glorificarem o Pai eterno (Mt 5.13-16). Infelizmente parece-me que a Igreja dos tempos pós modernos ao invés de influenciar a sociedade através de sua vida baseada e alicerçada na Palavra de Deus, tem-se deixado influenciar pela sociedade. Na verdade, nos dias em que estamos vivendo ser crente virou sinônimo de status, de ser bem sucedido. Hoje se é crente, mas é artista de filme pornográfico. É crente, mas é ludibriador, enganador, mentiroso, trapaceiro. É crente, mas é assaltante, traficante. É crente, mas leva uma vida de moral vergonhosa.
Nos tempos pós modernos cristãos tem abusado da liberdade cristã com pretexto para o pecado, quando o apostolo Paulo nos recomenda exatamente o contrário (Gl 5.13).
A sociedade atual vive num caos moral, ético e espiritual. Os valores tem sido invertido diariamente. Vivemos fantasiados o tempo todo como se estivéssemos em um baile de máscaras, evidenciamos o que não somos. Uma onde de libertinagem tem avassalado a nossa sociedade e sorrateiramente tem invadido o ambiente do culto cristão, em nossa práxis diária da fé confundimos a essência com a aparência e nos deixamos levar pelos apelos ilusionistas de uma espiritualidade divorciada da Bíblia e distante da prática moral estabelecida pela lei de Deus.
A volta de Jesus está próxima! Todavia, a Igreja não está preparada para recebê-lo. Lamentavelmente ela está cheia de máculas e rugas, sua condição parece cada vez mais degradante e carece de pureza e santidade. Os escândalos envolvendo os lideres evangélicos são cada vez mais freqüentes. Líderes carismáticos que com mestria manipulam a emoção do povo, são os que causam os mais devastadores efeitos morais e espirituais, colocando a Igreja sob suspeição.
O cristianismo evangélico descamba para uma prática fria e ineficaz, os tempos gloriosos do inicio do pentecostalismo dão lugar à apatia e à inoperância. Paradoxalmente, isso parece ocorrer em meio a muita euforia, “cultos shows” que atraem multidões ávidas por movimentos exteriores e emoções carnais manipuladoras e frenesi humano. Vivenciamos uma era de templos cheios e espíritos vazios, sequiosos por um mover sobrenatural de Deus.
Como povo de Deus precisamos voltar a sermos identificados não pelas nossas posições políticas, ou pelas estruturas denominacionais, mas pela santidade que se evidencia por uma prática diferenciada da do mundo, pois é exatamente o que nos falta. É preciso entender que somente um povo santo será usado por Deus para mudar os destinos que a sociedade está tomando. Deus está procurando homens e mulheres que sejam santos em meio a sociedade pós moderna e vivenciem na prática aquilo que pregam em suas teorias.
Estamos cheios de boas intenções para com o Reino de Deus. Pregamos até coisas fenomenais e tremendas enquanto vivemos horrivelmente o evangelho do Reino. Pergunto: nossas boas intenções têm produzido caráter cristão? Nossas boas intenções produzem vida ou morte? Nossas boas intenções têm produzido vida no altar?
Precisamos entender que somente examinando a Palavra de Deus e a colocando em prática é que alcançaremos o padrão estabelecido por Deus para a sua Igreja. O problema é que ao examinarmos alguns textos das sagradas escrituras, nós os achamos “pesados demais” para esta geração e aí para agradarmos os ouvintes arrumamos uma explicação teológica distante da verdade para afrouxarmos a corda e acomodar o pecador dentro de nossas Igrejas. Pregadores do evangelho permitam-me disser-lhes escondido na cruz de Cristo: o evangelho de “boas intenções” não trará vida a esta geração, mas os sepultará cada vez mais no sórdido engano do pecado. Somente a santidade gerada pela exposição da Palavra de Deus é que nos devolverá o poder que tanto precisamos para sacudir esta geração que está sendo atormentada pelo pecado e pela malignidade.
Um povo santo não pode aceitar nada menos do que viver de modo santo a fim de glorificar o Pai celestial. Quando a Igreja perde essa noção, descamba para o secularismo, misticismo, legalismo, liberalismo e ascetismo, gerando a própria morte.
Ser santo em meio a uma sociedade corrompida pelo pecado é o bem maior do cristão. Não podemos ficar alienados, acomodados e conformados com o mundanismo que invade a Igreja do Deus vivo, pois se vivermos numa comunidade estéril e descompromissada com a Bíblia, certamente experimentaremos a morte espiritual, e mortos espiritualmente de que adiantará a vida física?
É urgente buscarmos a santidade de Deus. É urgente redimensionarmos os nossos valores. É urgente mudarmos nosso estilo de vida. É urgente nos quebrantarmos diante de Deus suplicando-lhe por misericórdia e desejando a Sua presença ardentemente. É tempo de santificação!